Para conseguir atender a demanda por transfusões, os bancos de sangue enfrentam quatro dificuldades principais:
1- Todo sangue transfundido precisa respeitar a compatibilidade entre os diferentes tipos sanguíneos e passar por um rigoroso processo de exames, armazenamento e transporte específicos, a fim de garantir a qualidade da transfusão.
2 – Normalmente o que é transfundido é apenas um componente do sangue, chamado de hemocomponente (Concentrado de Hemácias, Plaquetas, Plasma e Crioprecipitado). Poucas pessoas sabem, mas o sangue é um tecido vivo e cada hemocomponente tem sua validade – as plaquetas, por exemplo, duram apenas 5 dias².
3 – Em relação a demanda por transfusões, é muito difícil prever quantos hemocomponentes serão necessários estocar para atender uma demanda que varia muito ao longo do tempo.
4 – Já em relação a oferta de doadores, as doações normalmente acontecem de forma aleatória em relação a quantidade por tipo sanguíneo, o que faz com que um banco de sangue, mesmo após uma campanha tradicional onde apareçam muitos doadores, possa continuar com a falta de alguns tipos sanguíneos e desperdício de outros.
Dado a compatibilidade sanguínea, a validade do sangue, a dificuldade em prever a demanda por transfusões e a oferta de doadores, manter os níveis de estoques de forma adequada para cada tipo sanguíneo torna-se um desafio diário para todos os bancos de sangue.